Instituto São Fernando

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06.06.2008.Agroecologia

Vassouras celebra Dia do Meio Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) foi comemorado este ano (2008) em Vassouras com uma série de iniciativas que tiveram o objetivo de despertar a consciência ambiental na comunidade. Juntos, o Instituto São Fernando, a Prefeitura e a Universidade Severino Sombra promoveram um evento público em que estudantes do ensino fundamental exibiram trabalhos manuais feitos por eles com material reciclado. Houve ainda uma concorrida oficina de panificação orgânica e uma palestra esclarecedora sobre agroecologia.

Na rua Abreu César, no centro de Vassouras, tendas exibiam objetos criativos feitos com materiais como garrafas pet e outras embalagens por alunos de escolas municipais, estaduais e particulares da região. O dia foi animado ainda por encenações teatrais, um jogral e uma apresentação do PIM-Lata, grupo de percussão que utiliza instrumentos feitos com lata reaproveitada e é formado por participantes do Programa de Integração pela Música (PIM), que tem apoio do ISF.

A convite da secretaria municipal de Cultura, artesãos realizaram oficinas de objetos produzidos com materiais como palha de milho e bucha. Já a secretaria municipal de Meio Ambiente apresentou o projeto de recuperação do Riacho Alegre (distrito de Massambará), uma iniciativa de educação ambiental. Os bombeiros da cidade, por sua vez, mostraram equipamentos com os quais combatem queimadas nas matas.

Em sua tenda, o ISF apresentou o programa Orgânicos do Vale – que incentiva a agroecologia na região – e exibiu banners com informações sobre a produção e os benefícios dos produtos orgânicos para a saúde e o meio ambiente. Dois depositórios mostravam as diferenças entre um solo de produção orgânica e outro de produção com agrotóxicos. Crianças tiveram a oportunidade de conhecer legumes, verduras e outros alimentos orgânicos nas tendas onde os produtores do Orgânicos do Vale comercializaram seus produtos.

Há 17 anos produzindo e comercializando alimentos orgânicos, o Sítio do Moinho ofereceu uma inédita oficina de panificação orgânica. Cerca de 40 participantes – na maioria merendeiras das escolas públicas, além de microempresários da região – aprenderam a fazer pão orgânico com Messias Zanza, padeiro da Molino D’Oro, a primeira panificadora orgânica certificada pelo Instituto Biodinâmico, e pertencente ao Sítio do Moinho.

“As merendeiras mostraram um interesse muito grande”, disse Regina Peron, nutricionista responsável pela produção do Sítio do Moinho. “Foi muito importante elevar o nível de consciência delas. Levamos a elas uma maneira mais responsável de pensar o mundo. Ficamos muito satisfeitos com a repercussão da oficina”

Para o público acadêmico, Deborah Levinson, superintendente do ISF, e Fábio Ramos, diretor da empresa de consultoria Agrosuisse, fizeram uma palestra sobre meio ambiente, agroecologia e o projeto Orgânicos do Vale. “Demorou muito tempo para se relacionar o meio ambiente à produção de alimentos”, comentou Ramos. “A palestra veio a ressaltar a importância de considerar o meio ambiente um local de produção de alimentos”.

Ramos apresentou os princípios da agroecologia como fonte de geração de tecnologia de produção para obtenção de produtos orgânicos. E explicou a Lei 10.831, do Ministério da Agricultura, que define as exigências de cumprimento das legislações ambiental, de saúde pública e social do trabalho para produzir, processar, transportar e comercializar alimentos orgânicos. A lei foi regulamentada em dezembro de 2007.

Empenhados em incrementar a produção e a rentabilidade dos produtores do Orgânicos do Vale, o ISF e a Agrosuisse estão traçando estratégias para fornecer alimentos orgânicos à merenda escolar e dar assistência técnica aos produtores. Além disso, elaboram um plano de negócios que prevê a incorporação de mais produtores ao programa e a abertura de novos mercados para seus produtos.


02.06.2008.Agroecologia

I Semana de Alimentos Orgânicos movimenta Vassouras

Uma feira de produtos orgânicos, uma oficina de culinária, visitas técnicas a hortas e palestras foram eventos que movimentaram as cidades de Vassouras e Valença durante a I Semana de Alimentos Orgânicos da Região do Médio Paraíba, entre os dias 26 de maio e 1º de junho de 2008. Promovida há cinco anos pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, esta foi a primeira vez que a Semana dos Alimentos Orgânicos aconteceu em Vassouras e Valença, com apoio do Instituto São Fernando e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “O objetivo é formar mercado e consumidores conscientes, apresentando à comunidade uma gama diversa de alimentos orgânicos”, disse Deborah Levinson, superintendente do ISF.

O sucesso da oficina de culinária de soja oferecida pelo ISF às merendeiras e profissionais de restaurantes locais foi absoluto: havia vagas para 20 participantes, mas apareceram 39 pessoas interessadas. Nas palestras, biólogos, engenheiros e outros especialistas discutiram assuntos como segurança de alimentos no campo, linhas de crédito rural, contaminação por agrotóxicos, homeopatia veterinária e equilíbrio do solo para controle de pragas e doenças.

O evento contou ainda com um circuito gastronômico, em que restaurantes da região ofereceram pratos preparados com alimentos orgânicos. A semana foi encerrada com a Feira Orgânicos do Vale, na Praça Eufrásia Teixeira Leite, no centro de Vassouras. Nove produtores da rede Orgânicos do Vale montaram barracas de bambu com tabuleiros de alumínio reciclado e venderam – a preços de produtos não orgânicos – quase a totalidade de seus produtos, que incluíam hortaliças, frutas, legumes, farinhas, bolos e geléias. Para orientar os consumidores, três banners apresentavam informações sobre as vantagens e benefícios dos alimentos orgânicos e da agricultura orgânica. Sem substâncias químicas, os alimentos orgânicos são mais saborosos, trazem benefícios à saúde, protegem a qualidade da água e ajudam a recuperar a biodiversidade e conservar os recursos naturais.

A agricultura orgânica (agroecologia) se utiliza de controle biológico e natural, trabalha com diversos cultivos, não desgasta o solo, não contamina a água, não provoca erosão e não causa danos à saúde do trabalhador rural.