Foi realizada entre 25 de julho a 30 de julho de 2009, em Sacra Família do Tinguá, no estado do Rio de Janeiro, a primeira versão da Colônia de Feras, uma colônia de férias inovadora, cujo principal objetivo foi criar uma nova forma de relação de jovens entre 14 a 17 anos com o saber. Para tal, a Colônia buscou unir entretenimento à criação de conhecimento. Sendo a diversidade marca do evento, houve também integração social entre estudantes provenientes de escolas públicas e privadas, em localidades distintas, desde a cidade do Rio de Janeiro até pequenas cidades do Vale do Paraíba.
O projeto é uma parceria entre o ISF e a Colônia Kinderland. Participaram 40 jovens dos municípios do Rio de Janeiro, Mendes, Paracambi, Vassouras, Paulo de Frontin, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Pinheiral e Cuiabá, selecionados por mérito. Os jovens do interior vieram através das coordenadorias das escolas, a partir de um trabalho que já vem sendo desenvolvido pelo ISF junto às Secretarias de Educação dos municípios. No município do Rio de Janeiro foi feito um trabalho de divulgação em escolas privadas e especializadas nas diversas áreas. O papel dos diretores dos colégios particulares também foi importante, pois receberam o ISF e convidaram seus alunos a conhecerem a proposta da Colônia. Desta forma, o evento conseguiu atingir alunos de diversas localidades e extratos sociais.
Após a pré-inscrição, todos foram avaliados pelos professores responsáveis pelas áreas: Fotografia, Dança, Informática, Música e Escrita. Estes professores são referência em suas áreas de atuação. Durante toda a Colônia, os jovens participaram das oficinas específicas de sua área de interesse, em duas sessões diárias de cerca de duas horas cada, e de outras atividades de lazer e estudo.
A diversidade da Colônia foi parabenizada também pelos pais dos alunos presentes. Noemi Kaplan, mãe de um participante, afirma que a colônia com certeza contribuiu com aspectos positivos para a formação de seu filho: vida em coletividade, convívio com diferenças e aprendizagem com prazer. Ela também torce que esta seja a primeira de muitas colônias, para que seus filhos possam multiplicar esta experiência para outros tantos que participarão da Colônia.
Segundo Ester Jablonski, Coordenadora da Colônia de Feras, o principal resultado foi a lição aprendida de que o modelo proposto, do ponto de vista conceitual, está correto. Durante a Colônia os jovens estiveram irmanados em um mesmo espírito de trabalho, solidários no esforço de fazer render ao máximo uma experiência vivida de maneira muito intensa e rica. Foi observada uma integração imediata entre os jovens, não tendo sido constatada nenhuma dificuldade, além de ser atingido o cumprimento de todos os compromissos e horários.
A Colônia foi uma parceria do Instituto São Fernando com a Colônia Kinderland. Enquanto o Instituto foi responsável pelo custeio das bolsas concedidas e gerenciamento do projeto, a Kinderland foi responsável por toda a logística do funcionamento operacional local, instalações, transporte e secretaria. A Colônia foi sendo montada e ajustada ao longo de todo o processo, e também será motivo de avaliação.
Ester apontou diversas perspectivas e aprendizados para as próximas colônias, tanto no que se refere à produção e funcionamento das colônias, quanto às possibilidades de estabelecimento e estreitamento das parcerias com as instituições de formação de jovens de diversas camadas sociais, de modo totalmente integrado, e valorizando o mérito e empenho pessoal.